Como a Reforma do Bem-Estar Social de Bill Clinton Mudou o Brasil

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Como a Reforma do Bem-Estar Social de Bill Clinton Mudou o Brasil

Quatro anos após sua presidência, com um congresso controlado pelos republicanos, Clinton conseguiu cumprir sua promessa de campanha, reformando o programa financiado pelo governo. Em 2018, o presidente Trump anunciou mudanças significativas no programa de assistência social. Confira abaixo como o assistencialismo começou, o que aconteceu e para onde ele está caminhando.

Muitos especialistas apontam a Lei de Seguro-Saúde de 1883, do chanceler alemão Otto von Bismarck, como o início do assistencialismo moderno. Como programa de bem-estar governamental para a classe trabalhadora, no entanto, ele estava longe de ser um fenômeno novo. Tanto o Império Romano quanto a dinastia Song, na China, assim como partes do mundo islâmico no século 7, arrecadavam e distribuíam formas básicas de assistência social. Mas o crash do mercado de ações de 1929 e a subsequente Grande Depressão fizeram com que o assistencialismo ganhasse destaque na política e na política dos Estados Unidos.

Embora uma variedade de organizações sem fins lucrativos, religiosas, estaduais e locais tenham fornecido esforços caritativos para ajudar os pobres muito antes disso, o nível de desemprego e pobreza criado pela depressão logo superou muitos desses grupos. Seja por crianças famintas aparecendo na escola ou nem sequer indo a ela, trabalhadores que não conseguiam sustentar suas famílias ou idosos morando sem aposentadoria, os americanos estavam lutando para existir sem uma rede de proteção.

Como o Novo Pacto do presidente Franklin Roosevelt conseguiu colocar a economia americana de volta nos trilhos e quais componentes ainda têm um grande impacto na sociedade hoje?

Em 1935, foi criada a primeira versão do que agora conhecemos como Seguro Social americano, por meio do Novo Pacto.

O presidente Franklin Delano Roosevelt cunhou o termo "Novo Pacto" e se referiu ao termo como sua visão do que o governo poderia fazer para "ajudar" os americanos. Para ele, algumas pessoas simplesmente haviam recebido uma "má jogada", e cabia ao governo federal fornecer a elas um "novo acordo".

O Novo Pacto foi um esforço amplo do governo federal que gerou considerável controvérsia desde o início. Além do foco do Novo Pacto na criação de empregos e da aprovação da Lei de Seguro Social (que incluía pensões para idosos, assistência ao desempregado e auxílios familiares), o Novo Pacto ampliou drasticamente o alcance dos programas de assistência social, especialmente para idosos e mães solteiras.

Com o auxílio de dólares federais de impostos, o uso de assistência familiar cresceu exponencialmente após o fim da Depressão. Em 1936, 162.000 famílias receberam assistência social. Em 1969, 1,875 milhão de famílias estavam recebendo assistência.

O auxílio, no entanto, não foi repartido de maneira igual. Os programas federais ignoraram ou até mesmo excluíram, em grande parte, famílias de cor. O abismo entre ricos e pobres aumentou, e a discriminação e a segregação se tornaram um tema importante na campanha presidencial de Ronald Reagan durante a década de 1970. Políticos e veículos de comunicação na época pintaram um quadro da "rainha da assistência social", perpetuando um estereótipo destrutivo de uma mãe solteira afro-americana "enganando o sistema" para tirar proveito dos generosos benefícios de assistência social, embora o fraude no assistencialismo seja surpreendentemente baixa.